domingo, 3 de julho de 2016

Lição da semana: 04 a 10 de julho, 2016

Tema: O Sacramento

Texto áureo - Vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor, que nos criou.

O verbo vir, aqui, não possui o significado que usamos atualmente. No original hebraico, esse verbo, nesse versículo, contêm o significado de "envolver-se", "empenhar-se", "comprometer-se".


Leitura alternada

Efésios 3: 14 Por esta causa, me ponho de joelhos diante do Pai.

A causa que Paulo se refere aqui é o Cristianismo, ou seja, os ensinamentos de Jesus que se aplicam a todos. 

Pela tradição judaica, a oração era feita em pé. Ao por-se de joelhos indica uma posição de profunda humildade e mostra que a oração é sincera. 


Seção  1

Miquéias 6: 6, 8 Com que me apresentarei ao Senhor e me inclinarei ante o Deus excelso? Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o Senhor pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus.

Antigamente as pessoas buscavam agradar a Deus com oferendas durante cerimonias religiosas. É por isso que o profeta Miquéias, começa seu discurso forçando as pessoas em como seria a melhor maneira de mostrar nosso amor a Deus. Depois, afirma que não são presentes que Deus deseja de nós, mas sim ações que reflitam nossa comunhão com Deus. 
As palavras de Miquéias têm por base o que está escrito em Deterônomio 10:12 "Agora, pois, ó Israel, que é que o Senhor requer de ti? Não é que temas o Senhor teu Deus, andes em todos os seu caminhos, e o ames, e sirvas ao Senhor teu Deus de todo o teu coração e de toda a tua alma".

João 1: 34 Pois eu, de fato, vi e tenho testificado que ele é o Filho de Deus.

Desde o Antigo Testamento, Filho de Deus era o título do Messias e não indicava um ser sobre-humano, mas simplesmente "o ungido" de Deus, ou seja, inspirado e designado por Ele. 

João 1: 36 e, vendo Jesus passar, disse: Eis o Cordeiro de Deus!

No Antigo Testamento, o cordeiro era símbolo de inocência e suavidade, pureza e mansidão. Era também o simbolo central da Páscoa hebraica e do sacrifício realizado nesse dia. E a Páscoa representava a libertação da escravidão no Egito e o chamado de Deus para um relacionamento, uma aliança, com Ele. Todos esses significados estão sem dúvida presentes nas palavras de João Batista, ao definir Jesus e seu ministério.


Seção 2

João 6:33 o pão de Deus é o que desce do céu e dá vida ao mundo.

O pão era uma metáfora muito poderosa na antiguidade. Como era, e ainda é, uma comida muito básica, era, então, considerada um presente de Deus e uma lembrança diária do Seu constante amor. Jesus ao usar frequentemente essa imagem mostra que seus ensinamentos são essenciais para nossa experiência diária.

Mateus 15:37 Todos comeram e se fartaram; e, do que sobejou, recolheram sete cestos cheios. 

Esta é a segunda vez que Jesus multiplica pães e peixes para fartar a multidão que o seguia para aprender. Um comentarista bíblico faz notar que a primeira vez Jesus alimentou judeus. Nessa segunda vez, ele estava em terra de gentios e igualmente se preocupou em alimentá-los. 


Seção 3

Mateus 20: 17 Estando Jesus para subir a Jerusalém, chamou à parte os doze e, em caminho, lhes disse:

Jesus estava caminhando em direção a Jerusalém, e como era uma época festiva, a Páscoa judaica, haviam muitas pessoas na estrada, seja porque estavam seguindo Jesus ou somente dirigindo-se também a Jerusalém. Jesus chamou à parte os doze discípulos para ter uma conversa privada com eles e alertá-los sobre o que viria acontecer. 

Mateus 26:17 No primeiro dia da Festa dos Pães Asmos, vieram os discípulos a Jesus e lhe perguntaram: Onde queres que te façamos os preparativos para comeres a Páscoa?

A Festa dos Pães Asmos era a Páscoa, uma das três grandes festas religiosas dos judeus, que envolvia a peregrinação a Jerusalém (ver. Deuter. 16:16). Os pães asmos eram pães sem fermento, comidos na refeição da Páscoa, para comemorar a saída do Egito, quando, pela pressão das circunstâncias, não houve tempo para levedar a massa do pão. 




Mateus 26:26, 27 Enquanto comiam, tomou Jesus um pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo. A seguir, tomou um cálice e, tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos; 

Partir o pão, abençoá-lo, passar o cálice, etc. eram atos que faziam parte do ritual judaico da Páscoa. Jesus não introduziu aí nenhuma novidade. O valor desse trecho dos Evangelhos está nas palavras de Jesus e não no cerimonial.



Seção 4

Mateus 26: 39 Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres.

O cálice na linguagem simbólica do hebraico, era uma forma de dizer "a parte que me cabe" e não tinha uma conotação negativa ou positiva; hoje em dia diríamos "experiência". 


Seção 5

1 Cor. 11:28 Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e, assim, coma o pão, e beba do cálice.

O verbo traduzido como examinar tem um sentido um pouco mais amplo do que estamos acostumados, tem o sentido de "submeter a teste para provar se é compatível com". Por isso, um comentarista bíblico parafraseia esse versículo da seguinte maneira "Para comermos o pão e bebermos do cálice, precisamos provar que nosso espírito está compatível com o Cristo". 


Seção 6

Coloss. 3:2 Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra.

O original aqui traduzido como pensar tem um significado mais vasto, não se referindo exclusivamente à atividade do intelecto mas abrangendo também o sentimento, a vontade. Refere-se portanto ao impulso de buscar, refere-se àquilo que se tem como motivação. Por isso, algumas versões dizem, em vez de "pensai": "Colocai vossos afetos" (inglês); "Ponde o alvo" (espanhol"; "Tende o ânimo" (italiano). 


Sugestão de Leitura

Sacramento

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